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segunda-feira, novembro 10, 2003

SETE DIAS. A vida é mesmo assim. Até segunda-feira.

domingo, novembro 09, 2003

INTERVALO PARA CITAÇÃO.«As pirâmides do Egipto hão-de ser realmente impressionantes, os jardins suspensos da Babilónia realmente assombrosos, que nada infunde tanto respeito como a burocracia portuguesa. A quem couber, regularmente, a honra de dar, olhos nos olhos, com os funcionários portugueses, esse apercebe-se da verdadeira necessidade de, querendo contar o que se passa nas repartições às pobres almas que nunca se acharam em tal estado de graça, fazê-lo muito doseado e de maneira deploravelmente atenuada. Caso contrário, muito simplesmente não acreditarão nele. Numa descrição da burocracia portuguesa, nada soa mais inacreditável que a verdade inteira.»
Um Almoço de Negócios em Sintra, Gerrit Komrij, ASA, Outubro de 1999
PONTUALIDADE. Quem é pontual, sabemo-lo, não fala sobre isso. Muito menos discute ou apoia qualquer petição sobre o assunto. Já alguém imaginou uma petição sobre a boa educação? Ou o ano da boa educação?
APENAS UM SORRISO. Poucos minutos depois do jogo, há um pequeno sorriso pelo empate do FC Porto. Mas só um sorriso – nunca um salto de alegria.
MASSA. Não me lembro dos feitos de Nelson Piquet. Mas, caramba, o homem tinha nome de piloto, de um grande piloto. Lembro-me, com todos os detalhes, as últimas vitórias de Ayrton Senna. E, caramba, o nome era transparente. Um génio. Agora, há Rubens Barrichello. O nome está lá, caramba. No próximo ano, o piloto brasileiro Felipe Massa vai «correr» pela Sauber. Não vale a pena continuar. Massa? Caramba.

quinta-feira, novembro 06, 2003

MAINARDI. Um dos motivos mais do que conhecidos para comprar a Veja é Diogo Mainardi. As crónicas de Diogo Mainardi. Tem altos e baixos, como todos os homens. Por exemplo, na última edição da revista brasileira é possível ler a crónica «O Halloween Brasileiro». Mainardi atinge ali um dos seus pontos mais altos.
AVISO. Ao escrever http://www.semcaracteres.blogspot.com apareceu-me, em vez do meu blog, uma fotografia minúscula de um senhor que eu não conheço. Tentei novamente. E mais uma vez, e outra. Sempre o mesmo. Pois bem, não sei o que se passa. Alguma conspiração? Ciúmes? Inveja? O habitual? Não sei. Por isso, quem teima em vir até aqui tem, agora, de recorrer a outras estratégias. Por exemplo, não escrever o www. Comigo resultou.

terça-feira, novembro 04, 2003

EU AMO A BRISA. Ontem, mais de três horas para fazer pouco menos de cem quilómetros. Os acidentes não se podem prever, é certo. Mas, então, porque é que os senhores da Brisa não colocam aqueles monitores com avisos, que tanto polvilham a interior auto-estrada, à entrada das portagens? Não, eu sei, a Brisa, no fundo, ama os seus clientes e, por isso, deseja vê-los no aconchego da sua auto-estrada. Nos bons e maus momentos. E, depois, quem na Brisa não gosta de ver uma fila de carros, com mais de cinco quilómetros, e saber que no fim todos vão pagar. Euro por euro. Deve ser uma imagem deliciosa para tão zelosos administradores. Eu cá, depois de ter pago a minha parte, já enviei um e-mail de saudações por tamanha generosidade. Eu amo a Brisa. A Brisa ama-me.

domingo, novembro 02, 2003

DERLEI. José Lins do Rego, Nelson Rodrigues, Carlos Drummond de Andrade, Mário Filho, Javier Marías, Eduardo Galeano, só para citar alguns, escreveram crónicas belíssimas sobre os seus jogadores. Os eleitos. Em Portugal, actualmente, há um futebolista que merecia, em toda a linha, páginas e páginas de crónicas de primeira água. Derlei, ou melhor, Wanderlei Fernandes Silva, é o jogador mais integral – sim, integral – que passou pelo futebol português nos últimos anos. Merece o mundo, este homem.
CROSSFIRE II. Já tinha escrito um pequeno apontamento sobre o programa da SIC Notícias, em que estão frente-a-frente Alfredo Barroso e Nuno Rogeiro. Vi-o mais uma vez, há poucos dias. É muito pobre. Eu sou suspeito, confesso. Não simpatizo com estes senhores. Um parece-me demasiadamente pedante; o outro sobranceiro – ou vice-versa. A discussão é monótona, há atabalhoamento de ideias, a postura pseudo-intelectual dos dois cheira a «mofo», o discurso é conhecido e, depois, aquela ideia de meter livros e discos e vinhos no fim não lembra a ninguém. Ou melhor, só mesmo estes senhores para meterem tudo isso num programa que se chama «Crossfire». A sobranceria bacoca chega a isto.
JOGO. Sobre o caso «Casa Pia» já muito foi dito e escrito. Neste caso, e para este pequeno texto, gostaria de focar a atenção nas palavras que José Maria Martins, o advogado de «Bibi». À saída do tribunal, disse: «Isto é um jogo. Um jogo de acordo com as regras que estão no Código de Processo Penal.» Em matéria de puro bom-senso, não gosto da sua «pinta». Aqueles óculos, o bigode, o riso de pequeno-burguês, a pinta, lá está, de quem põe cuspo no cabelo de cada vez que os holofotes mediáticos se aproximam, de quem utiliza um falso psiquiatra para atrasar um julgamento, enfim, a quem eu não confiava nem a defesa do meu rafeiro. Mas, no meio de toda a «novela», este advogado tem toda a razão quando diz que «isto é um jogo». É um jogo que agora vai desenrolar-se, sobretudo, na sala de tribunal, com regras, que a defesa vai tentar, com todos os recursos, previstos por quem fez as regras, atrasar ao máximo. Eu considero, com a simples lupa do «bom-senso», que a justiça está mal. «Muito mal», como descreve hoje António Barreto no Público. Todos concordamos com essa análise geral, repito. Mas com as regras actuais, ainda bem que esse «Bibi» não tem o poder e o dinheiro suficientes para contratar uma equipa de advogados mais competentes e com mais inteligência, pelo menos. Porque aí, sim, talvez este jogo, com estas regras, se prolongasse eternamente. Isto, infelizmente, é um jogo. Sempre o será. As regras é que estão há muito desajustadas. Tivesse esse senhor de nome «Bibi» mais dinheiro...

sábado, novembro 01, 2003

RECEITA. Um domingo devia ser sempre assim: longo, envolvente, destemperado. Destemperado, sobretudo.
NEM MAIS. «Hoje não há comentários ao jogo do Sporting. Troco-o pelo concerto de Ben Harper. De qualquer forma, e mesmo sem concerto, teria demasiado trabalho para escrever sobre o Sporting.» Quatro horas antes do jogo, o Joel disse tudo.

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